Segunda-feira, 11 de Junho de 2012

A serpente do Lagarfljót

 

A Região

 

Cascata de Hengifoss nas proximidades do lago

 

A principal estrada islandesa - ring road, que circunda a ilha, entra no nordeste islandês através das terras altas do Breiðdalsheiði, descendo posteriormente para skriðdalur, nas bordas do distrito de Flótsdalur. Estas terras mais baixas são verdes, floridas e abundantes em madeira. Egilsstaðir é a principal cidade da região, tendo sido fundada e crescido nas últimas décadas. A quem aqui chegar, aconselho a sair da estrada n. 1, de forma a circundar o extenso lago de Lagarfljót, através do vale de Flótsdalur. Poderá assim, apreciar o sucesso da planificada reflorestação da Islândia, usufruindo da floresta de Hallormstaður, a maior e mais bonita do país. Dirija-se ao outro lado do rio, até Valþjófsstaður e Skriðuklaustur e mais tarde visite a cascata de Hengifoss, antes de retornar à estrada N. 1.

O rio de Lagarfljót espraia-se nesta região, tendo formado o 3º maior lago da ilha. A mancha de água ocupa cerca de 52 km² de área, que se distribui por 35 km de extensão, variando por 1 a 2,5 km de largura. Apesar desta pouca largura, que faz o lago ser comprido, a sua profundidade atinge os 112 m. A superfície do lago encontra-se 22 m acima do nível do mar (o fundo do lago encontra-se a uma cota de 90 m abaixo do nível do mar). O lago, por vezes, apresenta uma coloração acastanhada devido aos sedimentos trazidos pelo rio, provenientes do grande glaciar de Vatnajökull. Como tem alguns locais com nascentes quentes que injetam agua das profundezas da terra, raramente congela durante o inverno. As suas águas opacas, juntamente com a profundidade e as nascentes de agua quente borbulhante, contribuíram para envolver o lago num manto de mistério que aguçou a imaginação humana, originando alguns contos e crenças, que dos tempos imemoriais permanecem até aos dias atuais.

 

A Floresta

 

Floresta de Hallormstaður

 

Ao longo do Lagarfljót o sucesso do recente plano de reflorestação, criou uma floresta com cerca de 800 hectares. Apesar da região ter sido declarada Área de Conservação Natural em 1905, as árvores originais de Hallormstaður foram desaparecendo nos anos seguintes. Não demorou muito para que pudesse ser invertida esta tendência e as experiências com espécies importadas, juntamente com as bétulas, foram realizadas ao longo das margens do lago. Atualmente, convivem com as arvores nativas, mais de 50 espécies importadas, que prosperam nas difíceis condições climatéricas islandesas. Nos últimos anos, tem crescido uma comunidade em Hallormstaður, existindo 2 escolas e vários fogos. Durante o verão as escolas são convertidas em hotéis que oferecem o conforto necessário para os visitantes. Para quem pretende visitar a floresta e o lago, chamo a atenção para a pitoresca baía de Atlavík.

 

A serpente e o lago

 

O lago de Lagarfljót e uma representação animada da serpente

 

Segundo os contos e as crenças populares, um monstro vive nas profundezas do lago. Diz-se que a serpente do Lagarfljót foi vista por uma grande quantidade de pessoas ao longo dos séculos. Existem muitas histórias acerca deste monstro bastante temido. Partes do seu corpo acima da tona da água são avistados periodicamente, alimentado mais a crença de todos e sendo visto como um presságio do diabo. Contudo, não consta que a serpente tenha alguma vez provocado algo realmente terrifico. Nos dias atuais, os mais racionais dizem que o monstro não existe e que a crença deve-se às correntes e ao borbulhar, originado pelas nascentes no leito e na berma do lago. Mas existe quem continue a acreditar na lenda e jure ter já visto o monstro. Sendo ou não verdade, o lago é suficientemente extenso e fundo, para continuar a alimentar a crença popular.

 

A lenda

 

Vídeo amador com o que se julga ser uma filmagem da serpente nas águas do lago de Lagarfljót

 

Umas das lendas da serpente do lago diz-nos:

Era uma vez, à muito tempo atrás, uma mulher que vivia na quinta de Hérad perto do Lagarfljót. Ela tinha uma filha, já crescida, a quem ofereceu uma sineta em ouro. A filha perguntou-lhe como poderia retirar benefícios do ouro e a mãe disse-lhe para colocar a sineta debaixo de uma urze em forma de serpente. A filha recolheu na floresta, uma urze comprida, em forma de serpente. Depois, colocou-a num cesto comprido, com a sineta debaixo. A urze permaneceu lá durante vários dias e quando a menina foi ver, o ramo em forma de serpente, tinha crescido tanto que já nem cabia no cesto. Assustada a menina pegou no cesto, com o ramo de urze em forma de serpente e jogou-o no rio. Algum tempo depois começou a ser avistada uma serpente no lago que começou a matar os homens e as bestas que dela se aproximavam. Algumas vezes, subia até aos bancos do rio e cuspia um perigoso veneno. As pessoas estavam preocupadas e atemorizadas, mas não sabiam como lidar com o monstro. Decidiu-se contratar 2 especialistas para matar a serpente e recuperar a sineta de ouro. Os dois especialistas mergulharam nas aguas do lago, mas pouco tempo depois, regressaram à superfície. Disseram que apesar de terem esperança, a serpente estava intratável, sendo impossivel matá-la e trazer o ouro. Disseram também que uma outra serpente, mais feroz, estava presa em baixo da sineta de ouro no fundo do lago. Depois de dizerem isto, voltaram a mergulhar, vezes sem conta, até que conseguiram acorrentar a serpente em 2 sítios: Próximo da barbatana e na cauda. Desde essa altura a serpente nunca mais conseguiu matar nem o homem nem a besta. Mas às vezes, parte do seu corpo consegue vir parcialmente até à tona do lago. Quando tal acontece, é sinal de mau presságio.

 

publicado por Ivo Gabriel - Iceland Views às 01:16
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Quinta-feira, 15 de Março de 2012

"Ruiva", a baleia demoníaca do Hvalfjördur

 

 O Hvalfjörður (fiorde da baleia)

 

Os Contos populares islandeses são um imaginário riquíssimo, de estórias mágicas povoadas por elfos, trolls, fantasmas e espíritos de uma fantástica diversidade.

Numa "postagem" anterior falei sobre a relação dos islandeses com os elfos, introduzindo o imaginário mitológico das crenças populares islandesas. Hoje vou "narrar-vos" um dos contos populares com que brindo os clientes, sempre que depois de sair de Reykjavík, atravesso o túnel que passa por baixo do Hvalfjörður. Este túnel é hoje a porta de entrada para a denominada costa oeste (west coast) islandesa.

 

Contextualização histórico-geográfica

 

A estória tem lugar no fiorde Hvalfjörður. Com a abertura do túnel em 1998, a estrada nº1 - "ring road", que circunda a ilha, atravessa por baixo o fiorde. Mas antes, era necessário percorrer a estrada nº 47, que contorna e leva os visitantes aos lugares mencionados no conto.

Hvalfjörður significa "fiorde da baleia". Tem cerca de 30 km de extensão, 4-5 km de largura e 80 m de profundidade máxima. No final do fiorde as montanhas são íngremes, quase até à agua e ramifica-se em 2 partes: Brynjudalsvogur e Botnsvogur. O fiorde é assim secundado por montanhas esplêndidas: Byrill e Reynivallasháls no sul, múlafjall, Hvalfell (montanha da baleia) e Botnssúlur a norte. Para lá das montanhas, a leste do fiorde, fica o Hvalvatn (lago da baleia), com cerca de 160 m de profundidade. O rio Botnsá desliza desde o lago formando a cascata de Glymur, a mais alta da Islândia com 198 m de altura. A origem do nome do lago, da montanha e do fiorde é explicado pelo conto.

 

 O Hvalfjörður no Verão

 

O Conto

 

Era uma vez...

Alguns homens de Suðurnes na península de Reykjanes foram até Geirfuglasker * para apanhar Great Auk Skerries. Na hora do regresso um dos homens ficou perdido e voltaram sem ele, acreditando que tinha morrido.
um ano mais tarde os mesmos homens regressaram até Geirfuglasker e encontraram o companheiro desaparecido vivo. Segundo a lenda, os elfos tinham lançado um feitiço, apanhando e abrigando-o durante essa temporada. Mas ele não estava satisfeito com os elfos e decidiu regressar com os restantes companheiros. Constou que ele, nesse entretanto, tinha engravidado uma mulher elfo que o fez prometer baptizar a criança se um dia ela a levasse até ele, junto de uma igreja.

Uns anos mais tarde, houve uma missa na igreja de Hvalsnes e um berço apareceu à porta da igreja com a seguinte nota: "O homem que for o pai deste bébé deverá certificar-se que ele é baptizado". As pessoas ficaram atónitas e o padre suspeitou que o bebé pertenceria ao homem que passou um ano em Geirfuglasker. O padre pressionou o homem a admitir ser o pai mas este negou. Nesse momento apareceu uma mulher muito alta, luminosa e entroncada. Ela virou-se para o homem e disse: " vou lançar um feitiço e vais transformar-te na mais temível das baleias do oceano e afundar muitos navios". Depois apanhou o berço e desapareceu sem deixar qualquer rasto. todas as pessoas assumiram ser a mulher elfo de Geirfuglasker, onde o homemtinha passado um ano. logo após o desaparecimento da mulher o homem começou a contorcer-se como se tivesse enlouquecido e desatou a correr aos saltos em direcção ao mar. Quando lá chegou saltou de um penhasco denominado de Hólmsberg, situado entre Keflavík e Leira, transformando-se instantaneamente na pior e na mais diabólica das baleias. Foi baptizada de "Ruiva", por causa de um chapéu vermelho que o homem levava colocado na cabeça, quando se atirou ao mar. A baleia tornou-se um flagelo e reza a lenda que afundou mais de 19 navios entre Seltjarnarnes e Akranes.

Com o passar do tempo, a baleia passou a abrigar-se num fiorde entre Kjalarnes e Akranes e assim nasceu o nome de Hvalfjörður (fiorde da baleia). Nessa altura, vivia um padre em Saurbær, nas redondezas do fiorde. Esse padre, de poderes sobrenaturais, era velho e cego e tinha três filhos. 2 rapazes e uma rapariga. Às vezes, os seus filhos iam pescar no mar, à saída do fiorde e um dia foram apanhados pela baleia assassina, tendo morrido afogados. O padre sofreu uma dor profunda com a morte dos filhos e pediu à filha que o guiasse até às aguas do fiorde, que próximo da quinta de Saubær, onde moravam. Levou com ele uma pau de madeira e percorreu o caminho com a ajuda da filha. Lá chegados, espetou o pau no chão, dentro da agua e regressou para trás. Nessa altura, perguntou à filha como estava o mar. Ela respondeu que parecia um espelho de agua, calmo e sereno. Passado mais uns minutos o pastor volta a fazer a mesma pergunta à filha e ela respondeu que estava a ver uma grande sombra negra a emergir até à tona da agua como se fosse um enorme peixe. Quando a filha disse que essa enorme sombra negra tinha vindo ao encontro deles, o padre pediu que o levasse terra adentro percorrendo a linha da costa do fiorde. A sombra negra acompanhou-os o tempo todo, até ao fim do fiorde. Consoante o fiorde ia ficando mais estreito e a agua menos profunda a menina reparou que a sombra tinha a forma de uma enorme baleia que nadava ao longo do fiorde como se estivesse sendo guiada. ao chegarem ao fim do fiorde, onde desemboca o rio Botnsá o padre disse à filha que o conduzisse para a margem oeste do rio. Lá chegados, o velho padre começou a escalar a montanha acompanhado da baleia, que dava difíceis saltos na agua, para acompanhar o velho padre. O curso de agua era pequeno e a baleia enorme. Quando chegaram à garganta onde a cascata deixa cair as suas aguas vindas do topo da montanha, o espaço era tão ínfimo para o cetáceo que este começou a abanar e a debater-se com forca para subir o curso de agua. Quando finalmente subiram a cascata, tudo à volta começou a estremecer como se fosse um grande tremor de terra. Das rochas saiu um grande troar, como se de uma trovoada se tratasse. Daí o nome da cascata - Glymur (rugido/troar) e as encostas que circundam a cascata são conhecidas como Skálfandahæðir (encostas que tremem/estremecem). Mas o padre estava decidido e não parou até levar a a baleia até ao lago de onde o rio Botnsá nascia e que desde então é denominado de Hvalvatn (lago da baleia). uma das encostas do lago tem também o nome de Hvalfell (encosta da baleia). É que quando a "Ruiva" entrou no lago, fê-lo através desta colina.

Quando o velho padre regressou à Quinta com a sua filha todos os habitantes da região e regiões adjacentes ficaram eternamente agradecidos.

Nunca mais ninguém via "Ruiva" a baleia demoníaca, mas foram encontrados recentemente uns impressionantes ossos de baleia no lago, comprovando e reforçando a veracidade desta lenda.

 

* Geirfuglasker era um ilhéu ou um conjunto de rochas solitárias, localizadas a sul do arquipélago de Vestmannaeyjar. e que desapareceu no mar devido a uma erupção vulcânica marinha em 1830. O nome traduzido significa Great Auk Skerrie (Pinguinus impennis). uma ave marinha mítica na Islândia, que se acredita extinta e da família dos pinguins.

 

publicado por Ivo Gabriel - Iceland Views às 09:46
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Quinta-feira, 6 de Março de 2008

Os elfos e a mitologia nórdica / viking

 
 
montanhas de Borgarfjördur carregadas com lendas de elfos
 
A Islândia é o país onde a maioria das fontes escritas para a mitologia nórdica foi construída. Transmitida oralmente durante a era viking, o seu conhecimento actual baseia-se no Eddes e outros textos medievais escritos depois da cristianização, verificada durante o séc. XI. Esta mitologia é fonte de inspiração da literatura, teatro e cinema islandês.
Quando aqui cheguei, das primeiras coisas que me chamou a atenção, é o facto de o islandês ser muito físico e rude. Obviamente, isso é um reflexo de um passado duro, onde grande parte da população viveu da pesca (ainda hoje um dos motores da economia do país), em condições climatéricas adversas e muitas vezes, em locais completamente isolados. Assim, naturalmente a religião viking pouco tem de dogmático ou metafísico. Baseava-se em actos, gestos e culto aos ancestrais, não fazendo sentido existir sem a prática de um ritual.
Apesar do parlamento islandês ter votado a favor da cristianização, sempre tolerou a prática de cultos pagãos na privacidade dos lares. A atmosfera de maior tolerância, relativamente aos outros países nórdicos, é um dos motivos que explicará ter sido aqui que se construiu e desenvolveu toda a literatura sobre as sagas vikings, auxiliar indispensável para se compreender a era pagã. A mesma atmosfera de tolerância, existente na sociedade islandesa actual, ajuda também a compreender que as crenças e lendas estejam ainda muito latejantes.
 
Vista do fiorde Eyjafjördur - montanhas onde habitam elfos
 
O folclore islandês, é composto de lendas e crenças com Trolls, Ogres, Goblins, Elfos e Anões.
Mas hoje vou falar de Elfos.
Os Elfos (Elf / Elfs / Elves / Álfr / Álfar) são génios, espécie de fadas e ninfas em versão masculina e que na mitologia escandinava simbolizavam o ar, a terra, o fogo… sendo seres semidivinos, imortais, mágicos e luminosos conotados com a natureza e com a fertilidade. Vivem em colinas, sob a terra, em fontes, rochas ou outros lugares naturais, longe dos olhares dos comuns mortais (nós!).
Aparecem com frequência na literatura medieval europeia e se Shakespeare os imaginava como seres pequeninos, são quase sempre retratados como sábios, altos e belos. Na Islândia, tem o tamanho de pessoas normais.
Uma pergunta que frequentemente faço aos islandeses com que me vou relacionando, é se acreditam em Elfos e Trolls, ou se acham que são apenas figuras mitológicas exploradas pelos guias, brochuras e livros turísticos. Sabemos o quanto este tipo de folclore vende (veja-se o congresso de medicinas populares de Vilar de Perdizes), não faltando nas lojas de recordações da Islândia, artigos com estas personagens, de forma a saciar o interesse dos turistas. Afinal, vivemos na época da globalização e o marketing não perdoa!
Se relativamente a Trolls a maioria dos islandeses sorriem, deixando transparecer a sua descrença (pelo menos quando apelam ao racional), já relativamente a Elfos as coisas mudam de figura, notando-se diferentes reacções:
- Os que acreditam e ficam ofendidos se sorrimos, pois lêem nesse nosso sorriso uma censura achando-os insanos;
- Os que dizem que não acreditam mas que não se libertam da crença;
- Os que coçam a cabeça e dizem… Kumski (talvez);
- Os que dizem que acreditam mas não acreditam de facto;
- Os que não acreditam e acham que é folclore para estrangeiros / turistas consumirem e para contar às crianças, sempre ávidas de viver um mundo mágico.
Neste ultimo grupo está essencialmente a população mais nova. Pelo que me tenho apercebido, a maioria das pessoas com mais de 30 anos de idade, enquadra-se numa das primeiras 3 hipóteses.
Mas acreditem o tão difícil que é separar Mito e Realidade.
A estrada principal que liga Reykjavík a Selfoss, a determinada altura tem um desvio para a esquerda, aparentemente sem explicação perto de Hveragerdi. Este desvio aconteceu para se afastar de uma colina onde vive um elfo!
Ainda hoje, as ruas das cidades islandesas, estão alinhadas de forma a evitar as colinas habitadas por Elfos. É que experiências passadas demonstram que máquinas, martelos e outros artefactos, falham ou partem quando tentam construir nos locais habitados por estes seres semidivinos.
O túnel que liga Dalvík a Ólafsfjördur foi construído nos anos 90. A determinada altura, as máquinas foram afectadas por diversos problemas mecânicos, mesmo junto a uma rocha que os islandeses acreditam ser habitada por um Elfo. A solução encontrada foi circundar a rocha, que se mantém intacta no túnel, para alívio do Elfo e dos habitantes da região.
Se é verdade que os mais novos continuam a contar as lendas e crenças do folclore islandês como forma de perpetuar a tradição e transmitir a metaforizada visão da natureza, não é menos real que as raízes das velhas lendas pagãs vikings, estão mais próximas da superfície do que muitos islandeses gostam de admitir.
E existe quem jure ter visto Elfos! Não faz muitos anos que em plena televisão, num programa em directo, um dos intervenientes jurava ter feito amor com um.
 
Eu não acredito. Mas eles existem mesmo que não acreditemos.
 
E você, acredita em Elfos?
    
publicado por Ivo Gabriel - Iceland Views às 00:34
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